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#### Jó, prosperidade em dobro.####

Muitas pregadores que defendem a teologia da prosperidade como o "resumo" do evangelho, costumam usar o livro de Jó para exemplificar a prosperidade na vida dos irmãos e com isso o termo "porção dobrada" se tornou praticamente um jargão no linguajar crentês. A bíblia fala que Deus realmente restituiu em dobro tudo aquilo que já perdeu, mas existem alguns pontos principais que são fundamentais para essa ação de Deus na vida de Jó. Deus poderia restituir ou não aquilo que tirou de Jó, pois Ele é Deus. Então porque em dobro?

Primeiro ponto: O versículo 1 do primeiro capítulo descreve Jó da seguinte forma: "Homem sincero, reto, temente a Deus e se desviava do mal."

Deus se alegrava em Jó, tinha prazer em sua existência e Jó conservara todas essas qualidades sem deixar que a riqueza e os bens o corrompessem.

Segundo ponto: A primeira reação de Jó diante de toda aquela situação foi se lançar em terra e adorar. Deus conhece o coração de seus filhos e sabia que mais na frente Jó teria alguma reação diferente. Jó amaldiçoa o dia de seu nascimento.

Esse realmente é a nossa vontade diante de certas situações, que não tivéssemos nascido, mas da mesma forma em que Deus conhecia Jó, Ele conhece o nosso coração. O diferencial é que Jó expôs para Deus o que ele estava sentindo, foi um desabafo, que demonstra que Jó tinha relacionamento com Deus, o que muita vezes nos falta. Mais na frente no capítulo 9 é que Jó pede algo a Deus: que o alivie a sua miséria e sofrimento. Nos achegamos para pedir, cobrar, tentar consertar, mas as vezes o que Deus está querendo de você é um sincero desabafo, onde você possa descarregar seu peso e assim prosseguir.

Terceiro ponto: Jó confia em Deus e pede que Deus revele a ele os seus pecados. No versículo 15 do Capítulo 13, Jó diz que, Ainda que Ele me mate, Nele esperarei. No versículo 23 ainda em tom de desabafo pergunta: "Quantas culpas e pecados tenho eu? Notifica-me as minhas transgressões e o meu pecado."

Definitivamente Jó era um homem que conhecia a Deus e não tinha medo de ter seus pecados revelados, caso existissem, pois Deus era o único que podia perdoar. O silêncio de Deus em nossas orações se caracteriza pelo tempo de resposta que só cabe a Ele saber ou ao pecado que nos impede de ouvi-lo. Por isso é essencial em nossas orações pedir a Deus que nos revele nossos erros que muitas vezes estão ocultos até de nós mesmos. Isso acontece quando estamos inseridos em um contexto onde tudo é muito normal ou até mesmo quando estamos tão acostumados com aquele pecado que já o praticamos de forma natural, não nos gerando mais constrangimento diante de Deus.

Quarto e último ponto: No capítulo 42, Jó se humilha diante de Deus. Ele responde com humildade a tudo que foi revelado por Deus. Jó reconhece que tudo que Deus permite acontecer, Ele procede com sabedoria e com propósito, pois nada é por acaso, até os sofrimentos dos justos tem um porque.

Queridos irmãos, não existe formula mágica, nem bastão de ouro, nem água ungida muito menos meia usada, que te dê unção dobrada de prosperidade. Podemos resumir esses quatro pontos em uma única frase: "O coração de Jó não estava nas riquezas." Ele creditava a Deus tudo o que tinha, era humano por isso lamentou sua situação, mas em um sinal de arrependimento e devoção prostrou-se diante de Deus, buscou o perdão e recebeu o dobro de tudo, pois provou para Deus que mesmo que recebesse o triplo de tudo seu coração permaneceria o mesmo, fiel.

Que Deus nos Abençoe.


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